quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Folha Online - Informática - Santa Ifigênia, em SP, encara desafio de regularizar comércio - 21/01/2009

Santa Ifigênia, em SP, encara desafio de regularizar comércio

JOÃO LOBATO
colaboração para a Folha de S.Paulo

A área da rua Santa Ifigênia (região central de São Paulo), conhecida
pela venda de equipamentos eletrônicos de ponta, tem ao lado dessa
reputação uma outra nada agradável: a de comércio ilegal e a de venda
de produtos contrabandeados.

Em todas as ruas, é possível ver softwares, eletrônicos e componentes
de informática sendo vendidos sem nota fiscal e garantia de
procedência. Filipe Redondo/Folha Imagem Galeria de lojas na Santa
Ifigênia, conhecida por vender produtos ilegais; para atrair
consumidores, comércio tenta se regularizar Galeria de lojas na Santa
Ifigênia, conhecida por vender produtos ilegais; para atrair
consumidores, comércio tenta se regularizar

Outro aspecto que dificulta a vida do consumidor é não saber se o
produto que ele está comprando é realmente legal. Enquanto em alguns
casos é fácil supor uma origem duvidosa, em outros é preciso atenção.

Isso porque a informalidade não se limita aos vendedores de rua, mas
está presente também entre os lojistas, que em muitos casos não possuem
CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica) e não emitem nota fiscal.
Sem ela, não é possível comprovar a origem do produto e exigir a
garantia do fabricante.

Mas o comércio na região está mudando e parte das lojas passa por
formalização fiscal. Um dos fatores que contribuíram para isso foi o
programa de incentivos fiscais do governo federal, que tem como
objetivo estimular a produção de bens de informática no Brasil.
Atualmente, o imposto para um processador, por exemplo, é de 2%.

Com isso, componentes legais chegam a ter o mesmo preço daqueles que
são contrabandeados.

Outro fator é a exigência do consumidor. Eduardo Gonçalves Silva, 35,
proprietário da Digital West, afirma que, para uma empresa se manter no
mercado, é necessário confiança e credibilidade. Sua loja é parceira da
Intel há quatro anos e meio, e ele acredita que a tendência é que o
número de lojas regularizadas aumente. "Oito anos atrás, só 10% dos
estabelecimentos eram legais; hoje, são cerca de 60%".

Nesse cenário, empresas de tecnologia têm adotado diferentes
estratégias para garantir a venda de unidades originais de seus
produtos na região.

Como a Intel, a Nvidia possui uma loja parceira na Santa Ifigênia,
enquanto a Logitech abriu um representante oficial. Ainda assim, é
preciso ter cuidado na hora da compra. --
http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u492602.shtml


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